Apesar do tema do encontro diário da Fifa com a imprensa, no Maracanã,
ser para tratar sobre as ações de responsabilidade social da entidade,
nesta terça-feira, não houve como tirar da pauta as manifestações que
ocorreram pelo Brasil na última segunda-feira. O discurso pregado foi o
de total respeito às manifestações democráticas.
“Sou cidadão
argentino, suíço e italiano. Cresci na Argentina numa época de ditatura,
quando ninguém podia mostrar sua insatisfação. Tive sorte o bastante
para ver o retorno da democracia no país. Então, vejo essas
manifestações no país como sendo muito boas. Mesmo elas acontecendo
agora, merecem aplausos, pois é algo positivo. Eu desaprovo qualquer
tipo de violência, mas as manifestações democráticas são definitivamente
bem-vindas”, afirmou Federico Addiechi, chefe de responsabilidade
social da Fifa.
Apesar dos protestos nas ruas das principais capitais brasileiras, a
Fifa garantiu que não fará nenhuma alteração nos procedimentos de
segurança por conta dos atos e todas as áreas fora do perímetro dos
estádios continua a carga das forças de segurança do Estado.
“É
um assunto que não tem nada a ver conosco. Tivemos a mesma situação na
Turquia (onde será realizado o Mundial Sub-20). O que podemos fazer?
Organizamos o evento e esperamos que tudo se resolva. Não pedimos mais
segurança. É o governo que vai tomar atitudes”, explicou Jerôme Valcke,
secretário-geral da Fifa.
As críticas aos altos custos
despendidos para a realização da Copa do Mundo no Brasil foram
intensificadas após a repercussão da manifestação contra o aumento da
passagem de ônibus, que desencadeou os questionamentos sobre os diversos
setores com deficiência na sociedade, como saúde, educação e grandes
gastos para a construção dos estádios. Apesar disso, o
secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, lamentou,
na coletiva desta terça-feira, as críticas da população, mas disse
acreditar que a maior parte da população aprova os grandes eventos
esportivos no país.
Existe muito apoio dos brasileiros em relação
à Copa. Podem, sim, haver setores que não têm muitas informações sobre o
que esse evento representa. É uma grande oportunidade de investimentos
em políticas públicas estruturais que estimulam o desenvolvimento do
país. Os grandes investimentos têm sido em infraestrutura e que vão
ajudar a população depois da Copa.”
Fifa apoia manifestações e garante que não haverá mudança na segurança
terça-feira, 18 de junho de 2013
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Copa das Confederações
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